terça-feira, 25 de agosto de 2009

DICAS DE TURISMO

Airson Soares da Rosa
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O TRADE TURÍSTICO - Muito tem se falado em trade turístico como uma espécie de organismo que a todos representa e que teria o dom de traduzir as opiniões, aspirações e necessidades que envolvem a atividade turística em nossa cidade, no nosso Estado e País. Entretanto vemos que essas opiniões exprimem o pensamento de alguns e às vezes até mesmo da imprensa, que usa o termo como interpretação de opiniões abrangentes. O que ocorre na prática é que raríssimas vezes alguns segmentos representados por suas entidades de classe se reúnem para expressar alguma opinião, fazer alguma reivindicação ou até mesmo para reclamar de atitudes tomadas pela esfera pública. Então ficamos assim: quando o assunto diz respeito a Florianópolis chamam de trade turístico da capital; quando é da esfera estadual chamam de trade turístico catarinense; e se o assunto é de interesses de todo o Páis denominam de trade turístico nacional.
Tudo muito bonito e prático, mas na grande maioria das vezes representa apenas alguns poucos, em atitudes isoladas, que se expressam em nome de todos, sem que esses tenham a menor idéia do que está se passando. Pensamos que, se o assunto realmente fosse levado a sério, deveríamos reunir as entidades interessadas na área do turismo para que pudéssemos organizar o trade de forma que ele realmente existisse; e que sua representação se fizesse valer por existir um cunho jurídico legal, um foro consolidado, uma representação baseada em parâmetros colhidos pela participação dos verdadeiros interessados.
O que se observa hoje em dia é que o termo trade virou símbolo de expressão de determinada parcela da sociedade com atividade econômica na área do turismo que, não raras vezes, se expressa individualmente, mas usando indevidamente o termo, querendo com isso fazer crer que se expressa em nome de todas as entidades do setor. Está na hora de assumirmos as verdadeiras identidades dos segmentos representados para que realmente estejamos falando a mesma linguagem. Por isso seria necessário darmos uma feição, se não jurídica, pelo menos administrativa, no sentido de criarmos um estatuto em forma de normas, para que com isso as entidades participantes legalmente se expressassem por intermédio de um organismo que as representasse adequadamente.
Temos de corrigir urgentemente esse “modismo” para que no futuro não sejamos cobrados por aquilo que não queríamos, mas que alguns assumiram por conta própria, mas em nome de uma maioria da qual não detinham representação. Este artigo foi escrito por Estanislau Emilio Bresolin e publicado no espaço “Opinião” do jornal A Noticia (SC), no dia 28/9/2005, numa quarta-feira. Com o devido respeito disciplina e ordem faço dele minhas palavras, cumprimentando o brilhante advogado doutor Bresolin, presidente da Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina, pelos ricos detalhes mostrados ao “trade turístico”, que infelizmente ainda nos dias de hoje não estão totalmente corrigidos.

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