segunda-feira, 7 de maio de 2018

El Chaltén, Patagônia Argentina, um paraíso a se descobrir

EL CHALTÉN - PARAGÔNIA ARGENTINA, UM PARAÍSO A SE DESCOBRIR


El Chaltén é a mais nova cidade nova da Argentina.  Nova porque só foi fundada em 1985. O lugar é um sonho, dentro de um parque nacional e com 1000 habitantes aproximadamente. Geralmente essa população é itinerante, borbulha no verão e no inverno poucos permanecem na cidade que é tomada pela neve. 


A cidade é muito procurada por amantes das caminhadas, montanhismos e que adoram acampar. Para chegar até aqui, você pegará a Ruta 23, depois de ter passado e ficado em El Calafate. 


Só a Viagem de El Calafate a Chaltén já vale a pena. As montanhas mais procuradas da região são: Cerro Fitz Roy (ou Monte Fitz Roy ou ainda Cerro El Chaltén); e o Cerro Torre que é considerada a montanha mais difícil do mundo para se escalar. 

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Nós estávamos em El Calafate, cidade espetacular e muito bem alojados no Hotel Posada Los Alamos, aquelas pousadas que você só vê em revistas e pensa que não existe, mas existe. Já fiquei outras vezes, mandei amigos pra lá e volto sempre que possível. 

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A viagem dura em torno de três horas, seguindo para o norte. A estrada é praticamente deserta e você vê muitos rios formados pelo derretimento dos glaciares, com aquela cor ímpar dos rios da Patagônia, com tons azulados e verdes. É uma coisa inimaginável. 


Por esse caminho você também cruza por dois momentos o Lago Viedma, que possui 1.088km². Não se preocupe porque existem mirantes que oferecem vistas sensacionais. A paisagem e a natureza do lugar são cinematográficas. As fotos até parecem que foram trabalhadas, com inúmeros filtros, mas não, é real.  Não se espante, pelo caminho muitos guanacos e lebres. Chegando em El Chaltén, além da estrada, antes de chegar, já da para ver o imponente Fitz Roy. Uma visão que impressiona, tipo assim, estou em um lugar com as montanhas mais lindas do planeta. No verão o sol costuma ir embora lá pelas 20 horas.


Antes de pegarmos a estrada fomos avisados que normalmente em El Chatén faz muito sol, mas geralmente o tempo vira, o que é normal acontecer em regiões montanhosas dos Andes. Começamos com um lindo dia, voamos a tarde, e no final da tarde o vento virou do avesso, a temperatura e a chuva caíram.


Muita gente tenta subir essas montanhas, mas antes disso, acredito que seria bom você visitar uma capela dedicada às pessoas que morreram tentando escalar o Cerro Torres e o Fitz Roy. 


A capela foi construída depois da morte do primeiro montanhista que tentou escalar a região. Não se sabe ao certo se ele chegou ao cume ou se ele morreu na tentativa de chegar lá ou tentando voltar. 

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Se você tiver alguma dúvida de onde ir, como ir, o que fazer, dirija-se ao centro de turismo da cidade para conferir as diversas opções de trekkings. Também tem  informações sobre a fauna e flora, e muitas maquetes explicando as principais trilhas que pode-se fazer e todos os níveis de dificuldade existentes. A melhor opção para informações e passeios 4x4 e outras maravilha e é você ir direto a Agência Criollos Turismo e falar com a Augustina, que fala muito bem português. Estudou nossa língua por três anos para atender muito bem nós brasileiros que somos ávidos por destinos exóticos, diferentes, fenomenais, extraordinários...

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Vale ressaltar que El Chaltén é uma cidade muito pequena e totalmente voltada pro turismo. A fronteira entre Chile e Argentina fica exatamente nas montanhas e como é muito difícil saber exatamente qual lado você está, mas por isso que a cidade foi fundada, para estabelecer um ponto de referência argentino. Lógico que os turistas que aqui chegam não se importam com essas fronteiras. 


Nós ficamos na Hosteria Vertical Lodge. Não espere luxo, mas muito confortável e quentinha, além de limpinha. Ótimo banho com banheira e tudo, mas tudo muito simples. Em frente a ela um paredão imenso, ondo os amadores podem começar a aprender a praticar o alpinismo. Dali mesmo você pode se aventurar por inúmeras trilhas. 

"Detalhes" que encontramos pelo caminho

Uma delas se chega na primeira laguna (lagoa) de onde se observa o Cerro Fitz Roy e que também é o primeiro ponto de acampamento para quem vai encarar o trekking que chega até a base das montanhas ou para o trekking que vai efetivamente subir os picos. Não é a minha praia escalar montanhas, mas pra quem gosta é um prato cheio com direito a sobremesa. 


O Cerro Fitz Roy possui este segundo nome em homenagem a Robert Fitz Roy, capitão do navio HMS Beagle que levou Charles Darwin em sua viagem ao redor do mundo. A grande dificuldade para um alpinista querer subir até o seu ponto mais alto não é a altura do Cerro, já que ele possui 3.375 metros. O que o torna desafiador são suas paredes verticais que exigem uma técnica exemplar e, pra varias, o clima muda constantemente. 

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Tudo é muito sinalizado e se perder é uma missão quase impossível. Não tenha dúvida que você voltará de alma lavada depois de cada caminhada. Um detalhe importante para você que está em el Calafate, El Chatén, Ushuaia, enfim, na patagônia Argentina, é escolher uma boa agência/receptivo. A operadora Criollos Turismo realiza todos os passeios. inclusive um chamado "Full Day Calfate-Chaltén" até o Glaciar Vespignani. Tudo em português. Para quem está em El Calafate, terá que acordar muito cedo, nós optamos em estar em El Chatén e acordar bem mais tarde. O tour com a Criollos Turismo o turista pode usar drone, já nos demais é expressamente proibido drones no parque. 


Pegamos um barco que faz a travessia do lago em 20 minutos. Nos foi servido um lanche imenso, gostoso e grandão, oferecido pela própria Criollos. A partir dali você tem três tipos de caminhadas: faixa verde mais fácil e mais rápido, amarelo médio em tempo e dificuldade e vermelha, que é o mais longo e mais difícil. A trilha vermelha é a única que sobe até o Glaciar Vespignani e que vale muito a pena, porque além do Glaciar, você vê o lago de cima também, um visual é espetacular. Depois você apenas volta pela trilha verde que passa pela beirada do lago. O trekking é bem dentro do bosque, bem sinalizado e muito fácil. Para quem está hospedado em El Calafate, a van só faz uma parada na rodoviária de Chaltén (parada técnica) de 15 minutos e segue direto a Calafate. 


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