domingo, 25 de março de 2018

PREZIOSA RETORNA A FLORIANÓPOLIS DEPOIS DE OITO ANOS

PREZIOSA RETORNA A FLORIANÓPOLIS DEPOIS DE OITO ANOS


Leonel Pavan e o Comandante​ - Fotos: Carlos Alberto Alves

A chegada do MSC Preziosa, maior navio em operação na América do Sul nesta temporada, causou euforia além de vontade de viajar nos turistas que estavam em Canasvieiras, balneário da Capital dos Catarinenses, frequentada na alta temporada principalmente por turistas de todo o Mercosul. Além de euforia, um imenso desejo de embarcar e cruzar os mares. A embarcação atracou por volta das 9h deste sábado (24), a 4km da costa. Há oito anos, a cidade deixou de ser ponto de parada de cruzeiros e o teste realizado nesta manhã é a tentativa de retorno para o mercado que movimentou R$ 1,6 bilhão no país em 2016. O navio veio de Santos, no litoral de São Paulo, e segue viagem para Balneário Camboriú às 18h.

Segundo o Presidente da Embratur, Vinicius Lumerts: "Florianópolis recebeu o maior navio de cruzeiro da América Latina, Msc Preziza. Com capacidade para 4,3 mil passageiros e mais 1,3 mil tripulantes, a embarcação atracou nas proximidades da praia de Canasvieiras, em Santa Catarina. A passagem do navio foi uma escala-teste e temos certeza de que será um sucesso, assim como foi em Balneário Camboriú em 2017 e que está sólido atualmente. Hoje é um dia de muita alegria também porque nós do setor turístico de todo o país comemoramos o recorde de gastos de estrangeiros no Brasil em fevereiro, que bateu a casa dos US$ 611 milhões, segundo o Banco Central".


O desembarque foi realizado com auxílio de pequenos barcos, chamados de tender, que levaram os turistas até o trapiche de Canasvieiras, onde a prefeitura montou uma estrutura com tendas para recepcioná-los. Vans de turismo, agências de viagem e táxis estavam aguardando no local e, além destes serviços, os recém-chegados também puderam conferir uma mostra de artesanato. A passagem do navio foi autorizada em fevereiro pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em escala-teste. Um estudo de viabilidade para o recebimento de cruzeiros pelo município havia sido apresentado em novembro pela prefeitura.

Eduardo Pinho Moreira, governador em exercício

Estavam presentes Além do Presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, o Secretário de Turismo de Santa Catarina, Leonel Pavan, o Governador de Santa Catarina em exercício Eduardo Pinho Moreira e o Predisente da Acatmar, Mané Ferrari, além de demais autoridades. 


Há anos o grande objetivo da Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar) é tornar o litoral brasileiro mais atrativo, voltando os olhos de todos para nossa costa, principalmente a de Santa Catarina, estado sede da entidade. As praias de municípios da Grande Florianópolis, de beleza exuberante, são ainda menos exploradas que as da Capital, ainda aquém de todo seu potencial. A inclusão de equipamentos para o turismo náutico é essencial para este desenvolvimento, afirmou Mané Ferrari


Florianópolis deixou de ser ponto de parada de cruzeiros em 2009. Cidade turística e tecnológica, conhecida internacionalmente por suas praias e belezas, Florianópolis ganhou também a fama de estar “de costas para o mar” devido à falta de incentivo em estimular o setor náutico. Prefeitura e governo do Estado querem retomar essa vocação para, na próxima temporada, receber pelo menos dez cruzeiros. 



“Temos que fazer um teste muito bem feito neste sábado para que possamos retomar com força Florianópolis como rota de cruzeiros para a temporada 2018/2019”, diz o superintendente de Turismo da Capital, Vinícius de Lucca Filho.



sexta-feira, 16 de março de 2018

TURISMO E A INTERNACIONALIZAÇÃO DO BRASIL - FURANDO A BOLHA PELO TURISMO - por Vinicius Lummertz

TURISMO E A INTERNACIONALIZAÇÃO DO BRASIL - FURANDO A BOLHA PELO TURISMO
por Vinicius Lummertz

Viramos um país xenófobo, repetitivo; o mundo inteiro já compreendeu o sentido do turismo, da conectividade aérea, da criação de empregos

Vinicius Lummertz, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), fala no seminário "Turismo e a Internacionalização do Brasil", organizado pela Folha - Bruno Santos/Folhapress

A Folha abriu nesta quinta-feira (15), por meio do seminário "Turismo e a internacionalização do Brasil", o debate sobre o que o turismo pode fazer pelo Brasil. Temos o maior potencial natural entre 140 países e o oitavo potencial cultural do planeta, segundo o Fórum Econômico Mundial, mas somos o 137º pior ambiente de negócios para desenvolver o turismo.

É importante ler os sinais. Enquanto o editorial "Sete anos perdidos", publicado no dia 4 por esta Folha, comemorou a retomada do crescimento do PIB, que deverá passar de 3% em 2018 no Brasil, alertou também para a comparação do crescimento nesses últimos sete anos: nos emergentes, chegou a 40,5%; no mundo inteiro, foi a 27,9%; e, no Brasil, apenas 3,2%.

Mônica Bergamo registrou em sua coluna (5/3) que janeiro foi o mês em que o turista estrangeiro mais gastou no Brasil, à exceção de junho de 2014, durante a Copa do Mundo. Perto de U$ 800 milhões foram deixados aqui, segundo o Banco Central.

Na sequência, um comentário embasado na OMT (Organização Mundial do Turismo) agrega que o sistema de visto eletrônico do Ministério das Relações Exteriores para EUA, Canadá, Japão e Austrália pode aumentar em US$ 1,4 bilhão o fluxo de turistas destes países.


O editorial sustenta que o Brasil precisa crescer de 3% a 3,5% por duas décadas para dar um salto civilizatório e chegar à renda per capita de Portugal e Espanha. Vale lembrar que Portugal saiu da crise graças ao turismo e que seu crescimento de 4% no ano passado teria sido negativo em 1% se não fosse o turismo.

Estamos diante do fim da Nova República e do ideário constitucional de 1988 que nos legou um país travado, sem um capitalismo pujante que pudesse pagar a conta.

Sem poupança, temos o consumo mais caro do mundo. Nosso pacto envolve muito imposto e juros inexplicáveis. Nosso capitalismo de exceção vive numa bolha. O ar contaminado da bolha alimenta as desigualdades. O crime organizado é seu filho caçula.

A abertura para o mundo não deve ser apenas econômica. Também estamos fechados culturalmente. Não somos mais um país de imigrantes, de muitas línguas de um século atrás. Viramos um país xenófobo, repetitivo, de gente que joga pedra em avião através das redes sociais. Como revoltados, vivendo o personagem de Jim Carrey no filme "O Show de Truman".

Furar a bolha, internacionalizar o Brasil, inclui abrir a porta do turismo, das viagens, dos congressos, dos eventos. O turismo já representa 10,2 % do PIB mundial e mais de 10% dos empregos. O mundo inteiro compreendeu o sentido do turismo, da conectividade aérea, da geração dos empregos, do fomento às artes, das culturas, da melhoria das cidades, mas sobretudo das pessoas, ideias e inovações.

Assim como ao agronegócio foi dada uma chance de fazer mais pelo país, o turismo está pedindo passagem. Ninguém tem o que nós temos. O desafio é furar a bolha desse nosso mundo de Truman.

VINICIUS LUMMERTZ é cientista político e presidente da Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo

quinta-feira, 15 de março de 2018

TURISMO É FUNDAMENTAL PARA DESENVOLVER ECONOMIA DO BRASIL

TURISMO É FUNDAMENTAL PARA DESENVOLVER ECONOMIA DO BRASIL

Em seminário do jornal Folha de S.Paulo, presidente da Embratur defendeu importância do setor para internacionalização do País

Bernardo Cardoso, diretor do Turismo de Portugal no Brasil; Deborah Moraes Zouain, professora do curso de mestrado e doutorado em administração da Unigranrio; Magda Nassar, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), e o presidente da Embratur no evento desta quinta-feira 

O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, afirmou que o turismo pode ter um papel fundamental na retomada do crescimento econômico do Brasil. Para Lummertz, é preciso ter coragem política para colocar o turismo como prioridade: “Teremos eleições esse ano. Temos que lembrar aos candidatos que o setor deve fazer parte das plataformas de governo. É o turismo que vai fazer girar nossa economia. O País vem se isolando e desenvolver a atividade turística pode romper isso”, declarou no seminário “Turismo e a Internacionalização do Brasil”, promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira (15).

O turismo representa uma parte crescente da economia global, chegando a representar 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e empregando 1/11 pessoas em âmbito internacional. Dos mais de 1,2 bilhão de turistas que viajam pelo mundo, apenas meio por cento (6,5 milhões) chegam ao Brasil. 


“O turismo precisa entrar na pauta de discussão dos governos brasileiros, deve ser defendido como atividade econômica, para gerar mais empregos e produzir riquezas para o Brasil. A Embratur precisa de recursos para investir em promoção internacional. Entre os pontos do PL 2724/2015, estão a transformação do Instituto em um serviço social autônomo (mais independente que a atual autarquia) e a abertura irrestrita do setor aéreo ao capital estrangeiro”, explicou Lummertz. 

Com a aprovação do PL, a primeira questão a ser resolvida será a desvinculação do orçamento da União. “Já tivemos, em 2011, US$ 100 milhões para promoção internacional; hoje temos US$ 17 milhões, sendo US$ 10 milhões contingenciados. Sairíamos desse contingenciamento e iríamos para um volume de recursos mais alto e independente”, informou o presidente da Embratur. Os recursos virão de várias fontes, como loterias e taxa de US$ 15 na emissão de passagens para o exterior. 

Enquanto países vizinhos gastam cada vez mais em promoção internacional e modernizam as estruturas de seus organismos, o Brasil atua na contramão dessa história. A Argentina investiu no ano passado cerca de US$ 80 milhões, a Colômbia, US$ 100 milhões, e o Peru, US$ 25 milhões. Todos eles apresentam fluxos turísticos internacionais sólidos e crescentes. 

O governo da Colômbia anunciou que o país ultrapassou os 6,5 milhões de visitantes internacionais recebidos em 2017.  É o mesmo patamar do Brasil em 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Os dados oficiais das chegadas de 2017 ainda não foram disponibilizados pelo Ministério do Turismo. Os argentinos também estão chegando. O ano de 2017 foi de recorde para o turismo dos “hermanos”. Foram 2,6 milhões de turistas internacionais apenas nos aeroportos, um crescimento de quase 8%, comparado ao ano anterior. A estimativa total é de mais de 6,6 milhões de visitantes na Argentina. Portanto, de uma posição de país líder em turismo na América do Sul, o Brasil pode passar a um terceiro lugar no ranking, ainda este ano. O Peru, outro forte concorrente do Brasil, está chegando na casa dos 4 milhões de turistas estrangeiros, com crescimento de 30% em menos de uma década.

“A burocracia impede a Embratur de se movimentar. Como serviço social autônomo, teremos membros da iniciativa privada no conselho, que vão ajudar na construção da estratégia com viés de mercado. Tanbém é nosso interesse a abertura para o exterior do capital das empresas aéreas”, destacou Lummertz. 

Para a área internacional, o movimento do capital das aéreas, uma Embratur forte e o visto eletrônico para EUA, Canadá, Austrália e Japão e, logo mais para a China, serão passos muito concretos. “Mas, para um desenvolvimento sustentável do turismo, temos que melhorar o ambiente de negócios do Brasil, as condições para o investimento no turismo. O programa Brasil + Turismo visa isso, por exemplo”, disse o presidente da Embratur. 

No evento, especialistas nacionais e internacionais discutiram, ainda, as principais características da área no país, falando sobre pontos positivos e barreiras ao turismo, além da regulamentação do setor. 

O seminário “Turismo e a Internacionalização do Brasil” também contou com a participação de Ana Clévia Lima, gerente de Comércio e Serviços do Sebrae; Bernardo Cardoso, diretor do Turismo de Portugal no Brasil; Deborah Moraes Zouain, professora do curso de mestrado e doutorado em administração da Unigranrio; Francisco Costa Neto, CEO e membro do Conselho do Grupo Rio Quente; Guilherme Amaral, sócio responsável pela área de direito aeronáutico da ASBZ Advogados; Magda Nassar, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo); Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil; Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio-SP; Roberto Fantoni, sócio na McKinsey & Company; Rubens Schwartzmann, presidente do conselho de administração da Abracorp (Associação Brasileira de Agências Corporativas).



segunda-feira, 12 de março de 2018

SEMANA SANTA EM AYACUCHO, A MECA DOS ANDES NO PERU

SEMANA SANTA EM AYACUCHO, A MECA DOS ANDES NO PERU


Todos os anos, milhares de turistas e fiéis católicos aproveitam o feriado da Semana Santa para visitar Ayacucho, no Peru, única por sua festa religiosa, gastronomia e artesanato.

Retábulo de Ayacucho é destaque do artesanato peruano. Foto: Divulgação/PROMPERÚ

Recomenda-se participar da Semana Santa de Ayacucho, no Peru, pelo menos uma vez na vida, pois trata-se de uma das manifestações religiosas mais emblemáticas dos Andes. No Peru, sua fama vai longe, por ser a festa ideal para jovens que procuram sair da rotina nos dias do feriado santo e que são movidos pela impressionante manifestação de devoção, simbolizada por uma majestosa caminhada piramidal de mais de 10 metros de altura, iluminada por 3 mil velas, e que é apreciada em todo o seu esplendor ao amanhecer no Domingo de Páscoa.


Ayacucho, mais conhecida como "Cidade das Igrejas" e a "Capital da Arte Popular e do Artesanato do Peru", está a 45 minutos de avião de Lima. Por esses dias, a cidade se prepara para as celebrações da Semana Santa, uma das festas religiosas mais importantes do Peru, e uma excelente oportunidade para conhecer a cidade.


São 10 dias de atividades alegóricas que começam no Domingo de Ramos e terminam no Domingo da Ressurreição. Durante esses dias, a população e os turistas participam de cerimônias e procissões religiosas, bem como de atividades culturais, artísticas e gastronômicas.

Plaza Mayor

Seu encanto colonial e suas atrações naturais e históricas fazem de Ayacucho uma cidade perfeita para passear e conhecer a pé. A Plaza Mayor, no centro da cidade, é uma das maiores e mais elegantes do Peru, e é cercada por edificações dos séculos XVI e XVII que se caracterizam por seus portais de pedra, seus pilares com balaústres e tetos com telhas de argila vermelha. Pela região se encontram casarões revestidos de cal ou com pedra branca exposta, além das sedes do Município, Prefeitura, Tribunal Superior de Justiça e a Universidade Nacional de Huamanga.


Entre as 33 igrejas de arquitetura colonial que possui, Ayacucho apresenta uma rota imperdível para visitar oito delas, começando pela Catedral, localizada na Plaza Mayor, e continuando pelos templos de Santo Domingo, Santa Teresa, Santa Clara de Asís, Companhia de Jesús, Santa Ana, San Francisco de Asís e San Agustín. Consagrada à Virgen de las Nieves, a Catedral foi construída no século XVII e seu estilo mestiço combina elementos renascentistas e barrocos. A sobriedade de sua fachada contrasta com a riqueza do interior e de seus dez retábulos banhados a ouro.

Arte popular


Ayacucho é terra de artistas e artesãos. Bastante conhecidos, os retábulos de Ayacucho são caixas em forma de casa com duas portas que abrem e fecham, que mostram em seu interior as cenas da vida andina, e que nos últimos anos vem representando diferentes temas.



Outra joia do artesanato peruano são as mesas de Sarhua, feitas no distrito ayacuchano homônimo. São peças de madeira que servem de tela às histórias contadas pelos mestres artesãos, que dão continuidade ao legado pré-hispânico.


Outras expressões artísticas são os tecidos em telar, cerâmicas, esculturas feitas em pedra de Huamanga e os trabalhos em estanho, prata e filigrana. O bairro de Santa Ana concentra a maior quantidade de galerias de arte e oficinas de artesanato de Ayacucho.


A meia hora do centro da cidade há lugares históricos grandiosos imperdíveis. Entre eles está o complexo arqueológico pré-Inca de Wari, de 400 hectares, que em algum momento da história abrigava 40 mil pessoas. Outra parada obrigatória é a pitoresca cidade de Quinua. Ali se pode aproveitar para comprar o melhor do artesanato de Ayacucho. A 10 minutos de caminhada chega-se ao campo que foi o cenário da famosa batalha de Ayacucho, o último confronto entre as forças coloniais e independentes sul-americanas (9 de dezembro de 1824), e onde vários monumentos foram erguidos, sendo o de maior destaque um grande obelisco de 44 metros, em homenagem aos heróis caídos.


A gastronomia local também não fica atrás. Destacam-se a Puca Picante, um ensopado de batatas com amendoim torrado. O prato tradicional da Páscoa é o Chorizo Ayacuchano, preparado com carne de porco moída - símbolo de abundância e que pode ser provado em feiras gastronômicas e restaurantes da região.




sexta-feira, 9 de março de 2018

BALNEÁRIO PIÇARRAS - A NAMORADA DO ATLÂNTICO NA COSTA VERDE MAR - SC

BALNEÁRIO PIÇARRAS - A NAMORADA DO ATLÂNTICO NA COSTA VERDE MAR - SC


Antes de mais nada, Balneário Piçarras irá te surpreender pela sua tranquilidade, gastronomia, lazer, mar esmeralda e repito, muita tranquilidade. Uma praia de águas calmas e quentes onde impera o ritmo familiar, pé na areia, sem prédios que tirem o sol da areia da praia e onde praticamente todo mundo se conhece mesmo em alta temporada. 


Balneário-vedete dos anos 70, o balneário é chamado  praia de elite. O carinhoso título de "Namorada do Atlântico" também ajuda a provar que não é por acaso. Também foi considerada em 2001 a "Capital Brasileira do Jet Ski".


Situado no litoral norte de Santa Catarina, as margens da BR-101, a 110 quilômetros da capital Florianópolis, Piçarras surgiu da vocação natural que o povo português tem pela pesca. Na segunda metade do século XVIII, pescadores de origem portuguesa, a partir de São Francisco do Sul, descem a costa em busca de baleias. Alguns desses desbravadores se fixam no pedaço de terra do litoral catarinense que mais avança pelo mar, ao qual chamam Ponta do Itapocorói, núcleo inicial do município de Piçarras. 


Na Ponta do Itapocorói os pescadores de baleia fundam uma armação de baleias, a armação do Itapocorói, e aos poucos moradores que já se espalham ao longo da costa passam a ser visitados com mais frequência por comerciantes do Rio de Janeiro.


Com a extinção progressiva da baleia, muda o panorama econômico e político da região e os distritos em torno de Armação vão aos poucos se emancipando.


Em 2005, a população decidiu, por meio de um plebiscito, acrescentar o termo "balneário" ao nome da cidade, o que, de acordo com os defensores da proposta, aumentaria a visibilidade turística da cidade. O que de fato aconteceu e hoje o balneário, através de sua Secretaria de Turismo tem participado ativamente nas principais feiras de turismo nacionais e internacionais. Atualmente a Secretária de Turismo é a atuante Susan Correa. No censo de 2013, a população era de 19.329 habitantes e durante a temporada de verão chega a receber mais de 100 mil turistas, que vêm em busca da combinação harmoniosa da mata atlântica, com o mar e o rio que corta a cidade (Rio Piçarras). 


Hoje, em plenas Águas de Março a cidade está repleta de argentinos, principalmente no Hotel Imperador Turismo Hotel (http://imperadorturismohotel.com.br/), o melhor e o único em toda a orla do balneário. Da tua janela você tem uma visão única e privilegiada.  Esportes náuticos, pesca e passeios de barco, além do ótimo mar para banho e completa infraestrutura são os atrativos do município.


Antes mesmos de fazer o check in ho hotel chamou-se a atenção as placas, a margem da BR 101 mapara o Museu Oceanográfico da Univali - Unversidade do Vale do Itajaí. Como estava no caminho foi a primeira parada surpreendente. Trata-se do maior museu oceanográfico da América Latina. Sinceramente eu não sabia desse museu e a surpresa maior foi poder admirar tanta coisa num acervo impressionante que vale a visita. Mas dedique pelo menos três horas no mínimo para conhecer essa fantástica atração do Balneário de Piçarras. 


O Museu Oceanográfico Univali (MOVI), foi criado em 1987 e está entre os quatro principais acervos de história natural do Brasil, sendo que na temática oceanográfica é o maior da América Latina. Tem como objetivo desenvolver coleções de referência que representem o maior número de espécies marinhas, possibilitando pesquisas taxonômicas e biogeográficas e com isso buscando representar o conjunto da biodiversidade do litoral brasileiro. Além disso, objetiva divulgar e expor as características do nosso patrimônio biológico marinho para a educação e para o deleite do público que nos visita, promovendo a Fundação Universidade do Vale do Itajaí.


O Museu faz parte do Conselho Internacional de Museus (ICOM) junto aos museus de história natural (NATHIST), desde 1994, e seu sistema de curadoria adota os critérios éticos e técnicos estipulados por este conselho, como o Código de Deontologia do ICOM (2002).  É cadastrado junto ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), órgão federal que regula e orienta as ações museais no país, e considerado “Coleção de Excelência” pelo CNPq e “Instituição de Referência” pela CAPES, indicado para trabalhos de pós graduação em nível de pós doutorado.

Para você ter uma pequena ideia, o museu possui: 

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a maior coleção privada de tubarões e raias do mundo (9.900 espécimes);
a maior coleção de tartarugas marinhas da América do Sul (400 espécimes);
a maior coleção de mamíferos marinhos do Brasil (600 espécimes);
a segunda maior coleção de aves marinhas do Brasil (650 espécimes)
a maior coleção de peixes marinhos do sul do Brasil (7.300 espécimes);
a maior coleção de invertebrados marinhos do sul do Brasil (8.000 espécimes);
a maior coleção de conchas do Brasil e segunda da América Latina (90.000 espécimes).

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Vale comentar que os museus de história natural, categoria onde se enquadram os museus oceanográficos, levam décadas para serem formados, ao contrário dos demais tipos de museus. A grande dificuldade se dá pelo fato de que seus acervos não são comerciais. Não há baleias à venda nem espécies raras de tubarões no mercado, o que os difere substancialmente dos museus históricos, de arte ou de outros temas específicos onde há um mercado estabelecido para a aquisição de acervos. Portanto, o crescimento de um acervo oceanográfico está sujeito a um grande esforço de campo (percorrendo grandes distâncias pela costa do litoral) associado a ocorrências raras e inusitadas que se dão ao longo do tempo.

Foto: ND

De uma forma geral os museus de história natural surgem de uma grande coleção particular que posteriormente é institucionalizada e com isso recebe um impulso que resulta no nascimento de um museu propriamente dito. Este processo leva geralmente entre 30 e 50 anos em qualquer lugar do mundo e foi o caso dos museus atualmente estabelecidos no Brasil e particularmente do MOVI. O MOVI não fugiu a regra e tudo começou com o sonho de um idealista de apenas cinco anos de idade, Jules Marcelo Rosa Soto. Jules concretizou no Museu Oceanográfico da Univali sua fixação pela vida marinha. Colecionador nato desde que catou a primeira conchinha à beira-mar, ele é um dedicado pesquisador que agora vê seu sonho tomando cada vez mais forma. Esse gaúcho de Caxias do Sul vem pautando a vida em torno das coleções. “Rato de museu” assumido, desde a adolescência Soto se dedicava à leitura e ao aprofundamento dos conhecimentos sobre a vida marinha. “Mesmo durante o ensino médio, eu convivia muito com alunos de pós-graduação e era frequentador assíduo do Museu Anchieta, em Porto Alegre. Admirava o trabalho dos cientistas Carlos de Paula Couto e Jeter Bertoletti” (Couto, 1910/1982, foi um dos maiores paleontólogos do país; Jeter Jorge Bertoletti é biólogo e museologista, fundador e diretor do Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS).


Desde que chegou à Univali, Soto não parou de trabalhar no Museu Oceanográfico. Em princípio, funcionando como apoio para a faculdade de oceanografia, a ideia de transformá-lo em museu aberto ao público veio em 2002, com a abertura do campus de Piçarras. Em 2008 começou, efetivamente, a transformação do prédio em sede do museu.  Naturalmente, ele foi nomeado curador e passou a ocupar uma sala no térreo. Num passeio pelas salas ainda em fase de acabamento, é fácil constatar o orgulho do colecionador, que traz nos olhos o brilho intenso da satisfação ao ver o sonho realizado. E não é só o Museu Oceanográfico: em Piçarras mesmo, no Centro Cultural, logo na entrada da cidade, está outra das coleções de Jules, com objetos referentes a Copas do Mundo. As coleções do Museu Oceanográfico Univali são compostas essencialmente por espécies marinhas, incluindo as de ambientes costeiros, pelágicos, de oceano profundo e ilhas oceânicas. A maior parte do material colecionado é representativo da fauna brasileira, especialmente da Região Sul. Alguns lotes coletados fora do Brasil foram permutados ou doados por outras instituições.


As coleções estão abertas a especialistas que queiram examinar espécimes diretamente no museu ou em suas respectivas instituições, através de empréstimos (exceto holótipos). Estamos também abertos a propostas de permutas ou doações de material. As salas de coleções e o laboratório são mantidas no quarto andar do prédio sendo que as coleções estão separadas em duas seções (invertebrados e vertebrados). As coleções foram divididas por sala de acordo com o grupo taxonômico e pelo tipo de armazenamento (líquido ou seco). Agradeço ao caríssimo confrade Romulo Porthos, que me acompanhou nessa visita guiada. Só no final foi saber que ele era jornalista pois tinha a certeza absoluta que era um biólogo/oceanógrafo, de tanto que ele sabia sobre esse assunto. Para ver todas as fotos clique aqui.

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A noite a melhor dica (sexta-feira) é degustar as delícias do Restaurante da Rua da Praia, da conceituada Chef Erenice Munhoz Garbe. Nessa dia ela costuma brindar seus clientes com noites temáticas. Tive a sorte de provar toda a colunária italiana. De tão bom voltei no dia seguinte para provar seu famoso Polvo a Espanhola. No sá é dia da melhor feijoada da Costa Verde Mar.


No dia seguinte, sábado, após o café da manhã, distante 100 metros a direita do hotel, tem uma feira tradicional de artesanatos. Vale o passeio e os turistas fazem a festa. 


Seguindo em frente o destino era o atracadouro para embarque no Capitão Gato Escuna Pirata (http://www.escunapirata.com.br/home.asp) com destino a Ilha Feia, que de feia não tem nada, para banhos e mergulhos. As melhores aventuras você encontra nesse passeio com a turma do Capitão Gato e do Comandante João Adão. São inúmeras opções para você curtir momentos inesquecíveis. E o melhor, tudo isso é o atendimento personalizado que cuida de todos os detalhes do passeio.  


O passeio sai da ponte do rio Piçarras, passando pela orla das praias de Penha e Balneário Piçarras, indo até a Ilha Feia, onde se avista a Caverna do Diabo. Do lado oposto da caverna está o Porto da Roça, lugar de parada de 30 minutos para um banho em que as crianças e adultos se divertem com escorregador (o passeio é monitorado por salva-vidas profissionais). Durante a alta temporada são disponibilizamos cinco horários sendo 9:00, 10:45, 14:30, 16:00 e 17:30 todos os dias até o carnaval. 


Na baixa temporada os passeios acontecem as sextas, sábados, domingos e segundas, com saídas às 10:45hrs - 14:30hrs - 16:00hrs, parando somente de 22 de maio a 21 de julho por se tratar de parada para revisão anual e reformas da embarcação. Uma excelente opção de passeio. Crianças de até 05 (cinco) anos não pagam, adultos somente R$ 40,00. Imperdível. Para ver todas as fotos clique aqui.


O horário escolhido foi das 10:45hs. Retornamos ao porto às 12:30hs e seguimos para o almoço no restaurante mais tradicional do balneário, citado acima, (https://www.facebook.com/RuadaPraiaBarERestaurante/), ponto de referência, pé na areia, de frente para o mar. Com um ótimo atendimento, e uma equipe de cozinha especializada, o Rua da Praia conquista o cliente com um só prato.


Depois de tudo isso a melhor opção era voltar para desfrutar das comodidades do hotel. São 92 apartamentos e suítes confortavelmente equipados com ar condicionado, televisão, frigobar, telefone com discagem direta e internet wireless gratuito. Tudo sob medida para quem quer aliar diversão e descanso com o máximo de qualidade. Para nossa comodidade, oferecem uma completa infraestrutura de praia com cadeiras, guarda-sol, mesa e toalhas de praia, tudo para que possamos desfrutar o melhor do Balneário Piçarras. Vale lembrar que além de todo o litoral e demais opções de lazer, você estará muito próximo do maior centro de lazer da América Latina: Parque Beto Carrero World.


Sábado a noite, para o jantar, a melhor dica é a alta gastronomia da melhor risotteria da região, comandada pela Chef Vanessa Vagnotti, a única representante de Santa Catarina no reality culinário MasterChef Brasil. Vanessa Vagnotti é do Espírito Santo, mas mora em Balneário Piçarras, há 11 anos. Aos 46 anos, ela fez Paola Carosella chorar quando entregou à chef argentina um véu com a bandeira do Brasil, no começo do programa. Você tem que ir. Nota 10 com louvor


Esses foram apenas apenas dois dias em Balneário Piçarras, pois domingo, depois de uma manhã belíssima de praia, hora de fazer as malas e voltar pra casa, com a nítida certeza que Balneário Piçarras não é só isso e tem muito, mais muito mais a oferecer. Voltarei se a menor dúvida. Uma grata surpresa e uma imensa satisfação. 





49º ENCONTRO COMERCIAL BRAZTOA ACONTECE NA CAPITAL PAULISTA GRAÇAS A GRANDES PARCERIAS

49º ENCONTRO COMERCIAL BRAZTOA ACONTECE NA CAPITAL PAULISTA GRAÇAS A GRANDES PARCERIAS

Antonio Azevedo (Presidente ABAV-PR), Magda Nassar, Monica Samia e Eduardo Loch (Presidente ABAV-SC). Foto: Antonio Salani

Depois de cinco anos acontecendo em parceria com a WTM-LA, o Encontro Comercial Braztoa voltou a ter seu evento único e independente. Segundo Magda Nassar, presidente da Braztoa, é uma retomada da identidade. “Fizemos tudo de forma muito cautelosa e quando decidimos não renovar com a WTM-LA os associados pediram que o mercado de São Paulo tivesse um evento próprio pela sua importância. A ideia é que os lançamentos fossem divulgados no evento do Rio de Janeiro, afinal não teríamos tempo para criar um evento em tão pouco tempo”, disse.

Monica Samia e Magda Nassar, da Braztoa, com Carlos Palmeira Lopes, presidente da Abav Nacional - Foto: M&E

Para Monica Samia, CEO da Braztoa, foi tudo decidido em uma semana e todos os associados abraçaram a causa e ajudaram a realizar o ECB em São Paulo. “Optamos por não fazer um evento grande e não tínhamos tempo para buscar patrocínio. Ainda assim, contamos muito com os associados e a parceria da Abav Nacional e da Aviesp foi muito importante para a divulgação do evento para os agentes”, disse, lembrando ainda da parceria do Wet’n Wild, que foi uma forma de incentivar a participação dos agentes.

Eduardo Loch e Magda Nassar - Foto: Antonio Salani

Para Magda, o maior desafio, depois de conseguir um espaço vago para a data, foi confirmar a presença dos agentes em tão pouco tempo. “A meta era conseguir mil agentes. Mas conseguimos um total de 600 agentes em caravanas rodoviárias e aéreas de 19 cidades do interior e mais 18 estados. Foi um trabalho muito grande, mas que deu resultado e hoje temos quase 2 mil agentes participando”, comemorou.

Foto: Antonio Salani

A resposta dos operadores também foi bem positiva. “Muitos aderiram e ajudaram no evento, e aqueles que não participaram já disseram que se arrependeram. É muito bom saber que mesmo em pouco tempo fizemos um bom trabalho e que resultou nesse evento de hoje”, disse. “Trabalhamos para empoderar o turismo no cenário nacional e esse trabalho é diário. Só assim conseguir tornar tudo isso possível e melhorar o turismo”, finalizou.

Foto: Antonio Salani

Vale comentar que ao longo de 2017, as operadoras associadas à Braztoa tiveram receita de R$ 12,2 bilhões. O número é um dos dados do anuário da entidade, que será revelado por completo na edição carioca do Encontro Comercial, marcada para 22 de março. Magda Nassar, antecipou essa informação durante seu discurso de abertura no Centro de Convenções Frei Caneca. O montante alcançado ao longo do ano passado é consideravelmente superior aos R$ 11,3 bilhões verificados em 2016. "Isso é o resultado do esforço dos nossos associados, que têm Investido muito em novos produtos e em treinamentos para fidelizar os agentes de viagem", comentou Magda.