domingo, 22 de abril de 2018

ABAV-SC, PELAS FORTALEZAS DA ILHA DE SANTA CATARINA

ABAV-SC, PELAS FORTALEZAS DA ILHA DE SANTA CATARINA


A Associação Brasileira de Agentes de Viagens - ABAV-SC, promoveu neste final de semana,  21 e 22 de abril um evento de capacitação em Florianópolis, que incluiu também um passeio marítimo pelas Fortalezas da Ilha de Santa Catarina. O encontro ofereceu palestras com empresas do segmento de Turismo e foram direcionadas aos agentes de viagens. Segundo Eduardo Loch, presidente da ABAV-SC, no primeiro dia, as palestras iniciaram às 14h, no Cambirela Hotel, com Scuna Sul Passeios Marítimos, Núcleo Hotéis do Centro, Caminho Cervejeiro, Ponto de Partida Operadora e Grupo Cia Marítima. 


Já neste domingo os agentes de viagem puderam confraternizar-se em um espetacular passeio com a Scuna Sul, especialista nesta área. Céu de brigadeiro e mar de almirante. O dia não poderia ter sido melhor, deveria ser outono, mas puro verão. O passeio começou às 10h30hs. O ponto de encontro foi no trapiche embaixo da Ponte Hercílio Luz e as vagas foram limitadas a 40 agentes de viagens. 


Trata-se de um passeio que leva o dia todo e que todo agente, além dos turistas não poderiam deixar de fazer. A primeira parada foi na Fortaleza de Santo Antônio de Ratones,localizada na ilha de Ratones Grande, na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. Esta fortaleza configurava o terceiro vértice do triângulo de fogo idealizado pelo Brigadeiro José da Silva Paes. O início de sua construção ocorreu em 1740.


Seus principais edifícios estão implantados em uma linha no terraplano superior, guarnecidos pela encosta e voltados para o mar. As edificações mais significativas são a Portada, a Fonte D’Água e o Aqueduto. Além de seu expressivo acervo arquitetônico, a Ilha de Ratones Grande apresenta uma paisagem natural exuberante, formada por Mata Atlântica. Possui uma trilha destinada à prática do turismo ecológico e educação ambiental, permitindo a integração dos visitante aos ambientes marinhos, à mata e à fauna associada a este ambiente (essa trilha está temporariamente desativada).


Abandonada durante décadas, encontrava-se já completamente arruinada quando foi tombada em 1938 como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Na década de 1980, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) coordenou os primeiros trabalhos de arqueologia e de mutirões de limpeza da vegetação que havia encoberto completamente a fortaleza. 


Entre 1990 e 1991, no âmbito do “Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina – 250 anos na História Brasileira”, foi concluída a restauração da maioria dos edifícios da Fortaleza de Ratones, que passou a ser mantida e gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), juntamente com as fortalezas de Anhatomirim e Ponta Grossa. 


No processo de restauração buscou-se reconstruir a volumetria dos edifícios, seus vão originais e coberturas, preservando elementos remanescentes e as marcas das intervenções ocorridas ao logo de sua história. 



Ficam evidentes as técnicas e materiais utilizados na reconstrução, e o visitante pode discernir entre o original e o restaurado.


A segunda parada foi na Baia dos Golfinhos para almoço e banho. Frutos do mar evidentemente. 


As 14:45hs o "Holandês Voador" zarpou com destino a segunda fortaleza, à Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim que está localizada na Ilha de Anhatomirim, hoje na área de jurisdição do município de Governador Celso Ramos. Estrategicamente situada na entrada da Baía Norte.


Sua construção teve início em 1739 e se estendeu por vários anos. Sua arquitetura tem traços de influência renascentista. Os seus edifícios se distribuem de maneira esparsa por toda a ilha de Anhatomirim e suas espessas e baixas muralhas de pedra apenas conformam as antigas baterias de artilharia, deixando as construções descortinadas na paisagem. A maioria dos materiais utilizados na sua construção é da própria região com exceção feita aos elementos de cantaria e ao “lioz” – espécie de calcário branco português existente nas soleiras das portas, escadarias e algumas bases dos canhões.


A Casa do Comandante é sobrado colonial que lembra as construções utilizadas como casas de câmara e cadeia, bastante comuns na administração do Brasil Colônia. Esta casa foi provavelmente a primeira sede do Governo de Santa Catarina, onde teria residido o Brigadeiro Silva Paes.


Já o Quartel da Tropa é uma construção de grande destaque que representa o auge da imponência das obras de Silva Paes. De estilo clássico, com destaque para as arcadas térreas, apresenta tal apuro de proporções e detalhes que raramente deixava de ser mencionada por viajantes europeus em seus diários. É o maior quartel existente entre as fortificações brasileiras.


Após a invasão espanhola de 1777 o sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina entrou em descrédito e passou a ser progressivamente abandonado. Em 1894, durante a Revolução Federalista, a fortaleza serviu de prisão e base de fuzilamentos de revoltosos contra o governo de Floriano Peixoto. No início do século XX passou a pertencer ao Ministério da Marinha, e voltou a ser utilizada como prisão no desfecho da Revolução Constitucionalista de 1932. 


Funcionou até o final da Segunda Guerra Mundial quando novas tecnologias bélicas a tornaram obsoleta como unidade militar. Apesar de desativada, a Marinha manteve no local uma pequena guarnição de vigilância até provavelmente fins da década de 1950. A partir desta data foi abandonada e depredada.


Em 1979, a Universidade Federal de Santa Catarina assinou um convênio com o Ministério da Marinha e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, assumindo a guarda e tutela da fortaleza e dinamizando o processo de restauração de suas ruínas históricas. 


Em 1984, foi possível a sua reabertura à visitação pública. Entre 1989 e 1990, no âmbito do “Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina – 250 anos na História Brasileira”, foi concluída a restauração da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim.


Depois dessas visitas, retornamos ao atracadouro da Scuna Sul, exatamente às 17:00hs. Pura diversão e de fato, imperdível. PARA VER TODAS AS FOTOS CLIQUE AQUI.





sexta-feira, 13 de abril de 2018

HOTELARIA E TRADE DE TURISMO CATARINENSE PRESTIGIAM LANÇAMENTO DO CONOTEL/EQUIPOTEL 2018

HOTELARIA E TRADE DE TURISMO CATARINENSE PRESTIGIAM LANÇAMENTO DO CONOTEL/EQUIPOTEL 2018



Em solenidade realizada na tarde desta sexta-feira (13), no Centro de Convenções de Florianópolis - SC, na presença de diversas autoridades, empresários, imprensa e profissionais do setor, Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional, e Camila Moretti, diretora da Equipotel, lançaram a 60ª Conotel – Congresso Nacional de Hotéis e Equipotel Regional 2018, que acontece de 16 a 18 de maio, em Fortaleza, em um dos centros de convenções mais modernos e bem equipados da América Latina.

Osmar Vailatti, presidente ABIH-SC, e Manoel Linhares, Presidente da ABIH Nacional

Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, a mais antiga entidade do setor de turismo do país com 81 anos de atuação, a edição de Fortaleza tem a intenção de reunir mais de quatro mil pessoas e promover um intercâmbio entre os setores ligados ao turismo brasileiro.

Edson Ziolkowski (Hotel Renar - Fraiburgo), Osmar Vailati (Pedra da Ilha - Penha), Manoel Linhares e Wilson Macedo ( Piratuba Termas Hotel)

A partir deste ano, itinerante, a Equipotel tem como objetivo principal movimentar e expandir os negócios no setor da hospitalidade nas principais capitais brasileiras. Realizada simultaneamente ao maior congresso nacional de hotéis, o CONOTEL. Será um grande marco no Nordeste que, por sua vez, irá se transformar no principal ponto de encontro entre empresas, que oferecem produtos e serviços relacionados à arte de receber bem, e proprietários de hotéis, motéis, pousadas, bares, restaurantes, e outros estabelecimentos, que buscam soluções para o primor na habilidade de gerir o seu negócio e acolher o seu cliente, conectando demandas e necessidades às melhores soluções. 


O Diretor-presidente da ABIH-SC, Osmar José Vailatti, abriu o evento parabenizando o incansável trabalho de divulgação que está sendo realizado pelo presidente Manoel em divulgar e convocar empreendedores e profissionais dos segmentos que interagem com os setores de hotelaria, gastronomia e turismo por todo país “Nosso presidente não quer só crescer e engrandecer a economia turística de um Estado, ele quer levar para o Ceará milhares de participantes de todo Brasil, engrandecendo todo o movimento hoteleiro”, afirmou o diretor-presidente da ABIH-SC. Segundo ele, "Nós estamos recebendo em Santa Catarina o Presidente Nacional da Associação Brasileira de Hotéis, o grande amigo Manoel Linhares, que vem fazer o lançamento e divulgar o Conotel. Nós evidentemente, como afiliados da ABIH, estamos comprometidos com a hotelaria em nosso Estado e em nosso País, e essa visita e lançamento, é mais um incremento de motivação para os nossos associados para irem participar desse grande congresso nacional. Estamos muito felizes, uma vez que nosso presidente é extremamente ativo, tanto que na última semana ele visitou seis estados, fazendo essa divulgação, vindo de Porto alegre e amanhã estando no Paraná, a fim de que esse congresso seja o maior da história de toda a hotelaria no Brasil", conclui. 


Ao assumir a palavra, o presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, agradeceu a presença de todos e falou sobre a importância da indústria do turismo, uma indústria limpa que impacta em 52 setores, mas que requer mais cuidado dos governantes e mais união dos que compõem esta cadeia produtiva. “Quando assumimos a ABIH Nacional, nosso maior objetivo sempre foi aproximar a entidade das unidades regionais, por isso, tornamos o CONOTEL itinerante. Florianópolis é a 20ª capital visitada. Tenho 23 anos de turismo e tenho certeza que estar próximo, pode atrair até três vezes mais visitantes. Se daqui iriam 50 visitantes, depois desta visita tenho certeza, irão 150. Queremos debater com todos a retomada da hotelaria”, afirmou Manoel Linhares. Ainda segundo ele : "Esse congresso é o maior evento da hotelaria e gastronomia do Brasil. Como eu sempre digo, a hotelaria tem que caminhar lado a lado com a gastronomia. Esse ano teremos a volta o Equipotel. Logo que assumimos a ABIH, esse evento sempre ocorria no eixo Rio-São Paulo. A partir de agora este evento será itinerante, uma vez que desta maneira agrega mais as ABIHs estaduais e nos proporciona a oportunidade de termos um contato muito mais direto com todos. Estamos reavivando o casamento com a Equipotel, que nasceu no Conotel e esta em sua 56ª. O Equipotel não poderia estar distante. Nossa meta e receber mais de 4000 participantes em Fortaleza e conto com os catarinenses. Quero ter o prazer de contar com todos vocês". 


Após a apresentação o Secretário Municipal de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Vinícius De Luca Filho, entregou um mimo da cidade, ao presidente da ABIH Nacional, mostrando toda hospitalidade que Florianópolis tem com seus visitantes.


Quem também deixou sua mensagem foi Camila Moretti, diretora da Equipotel. Ela falou sobre a importância do evento para toda cadeia produtiva e de todo trabalho que a Reed Exhibitions Alcantara Machado, vem fazendo para tornar os eventos regionais sucesso como a Equipotel São Paulo. “A feira não é só um encontro, é um momento de celebrar e vender. No evento, mais que fornecedores para equipar o hotel, o visitante vai encontrar empresas que oferecem soluções para a arte do bem receber”, enfatizou Camila.


Finalizando os pronunciamentos, Valdir Walendowsky, presidente da Santur, também fez uso da palavra salientando a importância de toda cadeia produtiva do turismo para o Estado. “Santa Catarina é uma das principais receptoras do país de turistas estrangeiros. Temos o dever de ter nossos profissionais bem capacitados e os estabelecimentos oferecendo o que há de melhor. Parabéns pelo trabalho que está sendo realizado pela ABIH Nacional. Aqui no estado, o Encatho – Encontro Catarinense de Hoteleiros, realizado pela ABIH-SC, que já está em sua 31ª edição movimenta a economia, qualifica os profissionais e gera negócios para as empresas de diversos setores”, concluiu Valdir.


Após os pronunciamentos, a Relações Públicas da ABIH-SC, Lara Perdigão, falou sobre a importância deste evento para a ABIH-SC, para os expositores, parceiros, associados e profissionais que estavam presentes. "Todos que estão aqui sabem da importância do associativismo e deste evento que é o maior símbolo para a hotelaria nacional. Obrigada presidente Manoel, por compartilhar todo projeto do evento. Com certeza, estaremos lá pra prestigiar, assim como as ABIHs de todo país e diversos profissionais e empreendedores do setor estarão de 24 a 26 de julho, aqui em Florianópolis, no Encatho & Exprotel", finalizou Lara Perdigão.


Antes do evento no CentroSul, o presidente Manoel Linhares visitou a sede da ABIH-SC e participou da reunião do Conselho Deliberativo da entidade. O presidente elogiou as dependências, a estrutura organizacional e a participação ativa dos hoteleiros catarinense, reforçando que o trabalho aqui desenvolvido pelo presidente Osmar José Vailatti é exemplar e repleto de sucesso. "Realmente os catarinense possuem uma entidade muito ativa e atuante", afirmou o presidente nacional 


Evento contou com a presença de diversas autoridades do trade turístico catarinense, empresários e imprensa.





MUSEU DE ARTE DE SANTA CATARINA APRESENTA EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS ABORÍGINES DA AUSTRÁLIA

MUSEU DE ARTE DE SANTA CATARINA APRESENTA EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS ABORÍGINES DA AUSTRÁLIA


O Museu de Arte de Santa Catariana (MASC) e a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL apresentam exposição de artistas aborígenes da Austrália. Projeto que já circulou pelo Brasil integra o programa em celebração aos 70 anos do museu, o segundo mais antigo do país.


Depois de passar pelas principais capitais do Brasil, chega à Florianópolis a exposição O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália. Trata-se da coleção mais diversificada, vigorosa e exuberante da tradição artística contínua mais antiga do planeta. A mostra inaugura ao público no dia 18 de abril e faz parte da programação que celebra os 70 anos do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), uma das instituições de arte mais importantes e a segunda mais antiga do país. 


As obras que compõem o acervo são de artistas renomados, como Rover Thomas, Tommy Watson e Emily KameKngwarray, entre outros, que já tiveram os seus trabalhos expostos no MoMA e Metropolitan, de Nova Iorque, Bienais como a de Veneza, São Paulo e Sidney, entre outros eventos de prestígio internacional, como o Documenta, em Kassel, e ArtBasel (Miami, Basel e Hong Kong). Emily KameKngwarray (1910-1996) é uma das estrelas da mostra. Mulher, negra, começou a pintar aos 79 anos de idade e é considerada pela crítica uma das maiores pintoras expressionistas do século 20.


“Essa coleção é um presente à população brasileira. Em um acervo de mais de três mil obras, selecionamos aquelas mais significativas. Muitas já foram publicadas em inúmeros catálogos de arte, citadas em teses de dourado e exibidas em várias instituições de prestígio na Austrália, Europa e América do Norte”, conta o curador brasileiro Clay D´Paula, que assina a curadoria com os australianos Adrian Newstead e DjonMundine. 


A exposição, que já passou por São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, respectivamente, reúne mais de 50 obras, selecionadas por importância histórica, com uma linguagem moderna e contemporânea e técnicas diversas, tais como pinturas, esculturas, litografia e barkpaintings (pinturas em entrecasca de eucalipto).  

Compõem o acervo obras de arte da Coo-eeArtGallery, a galeria mais antiga e respeitada em arte aborígene da Oceania. Peças de coleções privadas e instituições governamentais também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição. Os trabalhos artísticos representam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 1970 até o presente.  

O Tempo dos Sonhos

Os artistas aborígenes pintam os seus sonhos (mas não a ideia Junguiana de sonhar e sua associação com o inconsciente). Para eles, pintarem o seu “sonhar” (Dreaming, em inglês) implica em recontar histórias que são atemporais a fim de mantê-las vivas e repassá-las a futuras gerações. Não se trata de algo religioso, mas ligado à própria sobrevivência. Essas pinturas contêm informações vitais, como, por exemplo, onde encontrar “água viva” permanente. Manter o “Sonhar” vivo é a motivação fundamental para a prática da arte dos artistas indígenas da Austrália.   

A arte aborígene da Austrália


“No Brasil, costuma-se pensar de forma equivocada em artefatos indígenas. Com isso, pode causar surpresa ao público brasileiro descobrir que a produção artística dos aborígenes da Austrália vem sendo cada vez mais valorizada e reconhecida como arte e com status de arte contemporânea”, revela Ilana Goldstein, antropóloga da Unicamp, doutora e especialista em Arte Aborígene da Austrália na América Latina e consultora do projeto. 

A arte Aborígene da Austrália movimenta cerca de 200 milhões de dólares por ano naquele país-continente. Estima-se que hoje mais de 7 mil artistas indígenas vivam de sua prática artística. “Nós, brasileiros, tivemos, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo da arte aborígene da Austrália, o que pode, inclusive, levar-nos a refletir sobre os povos indígenas de nosso país. O Brasil e a Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, justifica o curador Clay D´Paula.  

Com esta exposição, os curadores buscam proporcionar ao povo brasileiro a oportunidade de refletir sobre os povos indígenas da Austrália e do Brasil e sobre o impacto da colonização sobre eles. “Reconhecer o potencial artístico dos nossos ameríndios pode ser uma forma de reconciliação com o passado, trazendo uma nova perspectiva”, aponta o curador brasileiro. O projeto também traz uma reflexão sobre a filosofia indígena, que consiste no conhecimento mítico aplicado à arte contemporânea. 

Barkpaintings

Os visitantes vão apreciar as barkpaintings, pintura sobre entrecasca de eucalipto, típica do norte tropical da Austrália, região conhecida como Arnhem Land (A Terra de Arnhem). Essa é uma das formas de expressão artística mais antigas do mundo, com mais de 40 mil anos. Inicialmente, as barkpaintings tinham uma pobreza estética muito grande porque não foram criadas para durar, mas sim para cerimônias ou decoração. Hoje, elas trazem uma execução primorosa, sendo consideradas arte, não artefato, e estão em museus renomados, além de integrarem coleções particulares. 

Artistas participantes 

A mostra reúne os artistas aborígenes de maior projeção internacional, com uma paleta refinada e luminosa, como a do celebrado artista Rover Thomas (1926-1998), com suas paisagens de cor ocre que mudaram, com sua visão, a percepção paisagística australiana. Suas pinturas podem ser apreciadas da mesma forma que as criadas pelos impressionistas no século 19, mas sem horizontes.  

A estética desenvolvida pelos artistas lembra o minimalismo e o expressionismo. No entanto, as obras criadas por eles trazem uma linguagem visual única e de verdades eternas – lembrando que os artistas indígenas da Austrália, na sua grande maioria, não tiveram contato algum com a arte europeia. “A arte não é uma invenção dos europeus. Toda cultura tem a sua própria e singular forma de expressão: seja na música, na dança ou na pintura. Não existe diferença entre uma obra de arte criada no deserto e na cidade. Elas devem ser apreciadas e reconhecidas da mesma forma. Esta exposição vem descortinar tais pré-conceitos, reconhecendo as obras criadas pelos artistas indígenas de todo o mundo. A arte aborígene, por exemplo, não é uma cópia, nem uma réplica. Mas uma linguagem visual inovadora e revolucionária e que desafia os padrões pré-estabelecidos da arte”, afirma o curador Clay D'Paula. 

A grande estrela da exposição é Emily KameKngwarray (1910-1996). Mulher, negra, ela começou a pintar aos 79 anos de idade e é considerada pela crítica uma das maiores pintoras expressionistas do século 20. Foi comparada à Pollock e Monet, entre outros expoentes que figuram nos livros da história da arte. Emily estará representada na mostra com duas obras. Uma delas é a pintura Sem título, 1992. Emily tornou-se a artista mais querida da Austrália. Representou o país na Bienal de Veneza e em vários outros eventos de arte internacional. É importante ressaltar que Emily nunca teve acesso à arte ocidental, logo, enquadrar a sua pintura dentro de um movimento artístico europeu pode ser um equívoco. Ela que, sem falar uma palavra em inglês, já expôs lado a lado com Picasso, Kandinsky e Mondrian entre outros másters internacionais da arte. “Ou eles que expuseram com ela”, complementa Clay D´Paula. 

quinta-feira, 12 de abril de 2018

FLORIPA AIRPORT COMPLETA 100 DIAS COM MUITO TRABALHO E REALIZAÇÕES

100 dias de operações: 100 realizações da Floripa Airport



Nesta quinta-feira, 12 de abril, a Floripa Airport tem orgulho de completar 100 dias de operações no Aeroporto Internacional de Florianópolis - Hercílio Luz. Foram pouco mais de três de meses de trabalho intenso e focado em mudar processos, realizar melhorias, comprar equipamentos, aperfeiçoar o atendimento aos passageiros, cuidar do meio ambiente e, em paralelo, iniciar a construção de um novo terminal.


As novidades totalizam pelo menos 100 realizações e passam por todas as áreas. Veja alguns exemplos: Manutenção: pinturas prediais, consertos de pavimentos, troca de luminárias; Novos equipamentos: ar-condicionado, longarinas, esteiras de inspeção; Reorganização: novas posições para auto check-ins, liberação de embarque pela porta traseira na posição 1, mudança de local de quiosques; Nova sinalização: layout atualizado em todo o atual terminal, com novas placas, totens de orientação e identidade visual da Floripa Airport; 


Mais lojas: inauguração de novas lojas, como o Schaefer Pub, com cervejas artesanais catarinenses, e a gelateria Mu Gelato. Atendimento ao público: o número de profissionais na inspeção pulou de 78 para 138; Processos mais eficientes: novo processo de gerenciamento de voos; Tecnologia avançada: sistema SITA para informativa de voo e wifi potente e gratuito; Meio ambiente: início do processo de gerenciamento de resíduos, que já no primeiro mês de atuação (março) proporcionou 44% de reciclagem do lixo. Antes, o aeroporto não tinha reciclagem. Ações/Comunicação: lançamento do site da Floripa Airport e ações de Carnaval e Páscoa; Novo terminal: início da construção do novo aeroporto. Veja a lista das 100 realizações aqui.


Em paralelo às melhorias no atual terminal, que será contemplado com R$ 5 milhões de investimentos, a concessionária suíça iniciou, em tempo recorde, a construção do novo terminal, quatro vezes maior que o atual. As obras iniciaram em 15 de janeiro, e o novo aeroporto entra em operação até outubro de 2019. Neste início de abril, os trabalhos entram numa nova fase, a chamada etapa civil da obra, com a colocação das estacas. Serão 900 estacas, que chegam a cerca de 20 metros de profundidade. O investimento total no novo terminal passa de R$ 500 milhões. 


A Floripa Airport assumiu as operações em 3 de janeiro de 2018, coincidentemente, dia de maior movimentação no terminal desta temporada, quando 16.493 mil passageiros passaram pelo aeroporto. Neste centésimo dia de operações,a empresa renova o compromisso com Florianópolis e com a missão de elevar a qualidade do aeroporto da cidade a padrões internacionais de excelência. A Floripa Airport é uma empresa pertencente ao grupo suíço Zurich Airport, que venceu em março de 2017 o leilão de concessão do aeroporto de Florianópolis e vai operá-lo pelos próximos 30 anos.  


quarta-feira, 11 de abril de 2018

CENSO BIG DATA ABAV REVELA PERFIL DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS

Censo Big Data ABAV revela perfil dos colaboradores das agências de viagens associadas


Apuração dos dados coletados pelo Censo Big Data ABAV – sequência de consultas eletrônicas que tem por finalidade criar um banco de dados para mapeamento do setor de agenciamento de viagens – revela o perfil de colaboradores atuantes nas empresas associadas às 26 ABAVs estaduais e do Distrito Federal.


Gerados a partir das respostas de 24,4% das 2,4 mil agências de viagens associadas pesquisadas, os dados identificaram o emprego de 76.773 profissionais. Destes, 61% exercem suas funções no regime de contratação de CLT, 12% correspondem a profissionais terceirizados, 8% integram a categoria de estagiários e 19% têm participação na sociedade.


Quando perguntados sobre a divisão por área de atuação, os associados responderam que 48% dos colaboradores se distribuem entre os segmentos de atendimento, comercial, marketing e vendas das empresas e 25% trabalham com administrativo, pessoal, faturamento e financeiro, enquanto os demais ocupam funções em áreas não relacionadas.

Em relação ao grau de escolaridade, o perfil que mais se destaca nas agências de viagens são colaboradores com Ensino Médio completo (44%), seguido por 31% que possuem o Ensino Superior completo, 16% que apresentam Ensino Superior incompleto e 6% que não chegaram a completar o Ensino Médio. Apenas 4% realizaram cursos de pós-graduação, MBA ou outros além do bacharelado. 


"Essa sondagem é de extrema importância para a entidade, pois além de nos permitir conhecer melhor o perfil e a realidade das agências de viagens associadas, passamos a compilar dados que demonstram a força e representatividade do setor de agenciamento perante o mercado", afirma o presidente da ABAV Nacional, Carlos Palmeira.

A consolidação dos dados do Big Data ABAV será finalizada com a construção de uma plataforma de Advanced Analytics que permitirá a alimentação contínua e a divulgação periódica das informações coletadas.

terça-feira, 10 de abril de 2018

O ECOSSISTEMA DO TURISMO TEM ENCONTRO MARCADO NA ABAV EXPO 2018

O ECOSSISTEMA DO TURISMO TEM ENCONTRO MARCADO NA ABAV EXPO 2018



O mercado brasileiro de turismo mais conectado do que nunca. Esse é o conceito que inspira a organização da 46ª ABAV Expo Internacional de Turismo e 50º Encontro Comercial Braztoa, que em setembro volta a reunir em São Paulo toda a cadeia produtiva deste grande vetor econômico que impulsiona nada menos que 52 diferentes setores da indústria nacional.

Conectar toda essa diversidade de players em um espaço único é a proposta da edição deste ano da ABAV Expo, que vem cheia de novidades, a começar pela configuração das áreas de exposição. Novos segmentos estarão presentes, distribuídos em arenas e representados por um tema âncora, tendo à sua volta grandes marcas expositoras da atividade relacionada. A inovação fica por conta das atividades interativas que complementarão os espaços, como forma de ativar a interação coletiva entre todos os participantes – expositores e visitantes, indistintamente.


Ao lado de expositores tradicionais, entre companhias aéreas, hotéis, locadoras, cruzeiros marítimos, equipamentos turísticos, destinos nacionais e internacionais, e das operadoras reunidas no Encontro Comercial Braztoa, a ABAV Expo 2018 abrirá espaço para que os visitantes se conectem também com representantes das áreas de infraestrutura, esportes, educação e hospitalidade, entre tantas outras que, direta ou indiretamente, são impactadas pelo Turismo.


"Sempre propagamos a relevância do nosso setor como mola propulsora de desenvolvimento para uma série de outras economias, e agora queremos mostrar, na prática, como essa inter-relação acontece. O projeto é transformar a ABAV Expo na grande vitrine do ecossistema do turismo brasileiro", afirma o presidente da ABAV Nacional, Carlos Palmeira.


"As operadoras de turismo são peça fundamental na engrenagem do ecossistema do turismo. Os números do recém-lançado Anuário Braztoa 2018 revelam que no ano passado o impacto das atividades das operadoras na economia nacional foi de R$ 10,8 bilhões", ressalta a presidente da Braztoa, Magda Nassar.


Entre os projetos, cinco já estão confirmados: ABAV Conecta Mice, ABAV Conecta Big Data, ABAV Conecta Educação, ABAV Conecta Esportes e ABAV Conecta Sensações. O mesmo conceito de interação e conectividade proposto nas áreas novas vai nortear a programação da Vila do Saber, que segue como o grande espaço para a difusão de conhecimento da feira. Também se mantêm no projeto a Ilha Corporativa Abracorp, como catalisador de negócios do segmento de viagens corporativas, assim como outros núcleos integrados por entidades parceiras e congêneres.