sexta-feira, 15 de maio de 2009

COLUNA ESPETO CORRIDO - por Hugo Cassel


Coluna Espeto Corrido
Hugo Cassel (Tribuna Catarinense)

Pantanal Matogrossense


É um privilégio para qualquer pessoa, e muito mais para um jornalista, conhecer e desfrutar de espetáculos da natureza, como na Cordilheira dos Andes, Pantanal e Chapada dos Guimarães em Mato Grosso. A primeira experiência na travessia por terra da Cordilheira, foi feita por conta própria. Nem desfeitas as malas, emendamos para Fortaleza, Recife e Salvador, para rever amigos. Novamente quase só trocando roupa, o embarque para Cuiabá, onde seria realizado de 6 a 10 do corrente o Congresso Nacional da Abrajet (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo). Comparecimento obrigatório como Coordenador Regional Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Na companhia do presidente da Seccional de Santa Catarina, que é o nosso diretor Valmir Grein, aqui da Tribuna. Recepcionado na bonita capital de Mato Grosso por esse gentleman que é José Humberto Falcão, presidente da Abrajet-MT, tanto o Espeto aqui como os demais jornalistas foram brindados com uma programação fantástica, bem planejada e executada, onde foi dado um panorama completo da potencialidade turística de Mato Grosso. Em todos os seus aspectos, inclusive justificando a candidatura para sede de jogos da Copa do Mundo. Transporte, Segurança, Hotéis, Comunicações, Culinária, Estradas, Aeroporto. Tudo pulsando em consonância com a esperança de ser incluída a bela Cuiabá como sede. Agências de turismo e guias bem treinados, com tratamento atencioso e competente. Na verdade, a poucos dias do retorno às bases, a saudade já se faz presente dos dias passados em Cuiabá, Poconé, Pousada Araras no Pantanal e Chapada dos Guimarães. As ilustrativas palestras dos secretários de Turismo, prefeitos e demais autoridades, além de mostrar realidades desconhecidas para a maioria dos brasileiros, que julgam existir por lá somente cerrado, florestas e banhados, transformou para muitos em admiração e respeito pelo trabalho e cultura do povo matogrossense, as dúvidas que tinham.

Biodiversidade

Viajar pela Transpantaneira à noite, como sucedeu, é uma aventura, por 40 km de costeletas e buracos, cruzando cerca de 80 pontilhões, daqueles de dois pranchões e parando alguma vez para permitir que jacarés e capivaras pudessem atravessar o banhado de um lado ao outro, além, é claro, de uma revoada permanente de mosquitos e a presença sentida de outras criaturas voadoras e rastejantes.

Araras

Esse é o nome da confortável, bem equipada e melhor administrada pelo André e sua esposa, proprietários da Pousada. Dois dias de incríveis shows da natureza proporcionados por pássaros e animais, nascer e pôr do sol, cavalgadas, navegadas pelo rio Cuiabá, caminhadas “sobre as águas”, enfim o conhecimento de assuntos importantes com detalhes sobre preservação e respeito pela natureza. Tudo na palavra fácil (fala sete línguas) do André. Depois do Pantanal, veio Chapada do Guimarães. Outro show. Só posso recomendar e dizer que vale a pena, apesar do pé inchado e com hematoma pela picada de uma aranha venenosa. Muito feliz por não ter pisado no rabo de um daqueles enormes jacarés que circulam fora do banhado pelas alamedas da Pousada. Já imaginou?

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