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O professor, empresário e geólogo Everaldo Scaini (foto), um estudioso que reside no Balneário Arroio do Silva (SC), pergunta: “só a fixação da barra ou porto em Araranguá ? Para ele, o tema da fixação da barra do rio Araranguá vem sendo até controverso. As consultas comunitárias de EIA/RIMA, com seus diagnósticos e modelagens e as tantas opiniões recentes, têm indicado a possibilidade de construirmos um molhe, quem sabe ao Norte do Yate Clube, o que agruparia a intenção de controlar as enchentes com os interesses da comunidade de pescadores.
Talvez não tenhamos a melhor das condições para analisar, mas será que esse fato não nos estaria exigindo uma mudança de rumo? O e-mail do geólogo é everaldoscaini@gmail.com. Consideremos que os produtos brasileiros chegam a ter um custo comparado em níveis internacionais de 39% a mais em decorrência dos altos custos aliados à demora e desperdício. Em outro argumento temos que há pouco mais de duas dezenas de anos tínhamos 1,4% do que era comercializado no mundo e hoje apresentamos 0,74%, não tanto por problemas cambiais, mas por virmos sendo pouco competitivos.
Nossos portos são muito lentos e um navio parado custa em torno de US$ 35 mil por dia. Assim, o atraso em embarques precisa ser considerado em nossa planificação estratégica de competitividade. Quanto a isso temos a relembrar que porto é tão conveniente que o Nordeste do estado tem quatro. São os portos de Itajaí, Navegantes, São Francisco e Itapuã. Florianópolis, sem porto, passou a reexaminar a questão enquanto nós do Sul temos os pequenos portos de Laguna e Imbituba. Laguna é um porto desaconselhável pela existência de uma soleira granítica que impede a utilização por navios que precisem de calado de mais de seis metros. Imbituba é um porto artificial de nascimento. É que a cidade não tem canal, que é uma das condições mais importantes para ampliação da extensão dos cais acostável.
Todo porto tem algo de artificial, alguns mais que os outros. Esse é o caso de Imbituba. Por sinal, os estudos sobre o transporte de carvão sempre comprovaram ser Araranguá a melhor alternativa, no entanto, o porto terminou sendo construído em Imbituba por interferência do deputado Catão e quem sabe alguma negligência nossa, pois hoje o porto é a principal fonte econômica da cidade, tanto na geração de empregos diretos e indiretos, quanto na arrecadação de divisas para o município. Imbituba precisa de ampliações, entretanto é difícil projetar um ponto futurista quando as instalações acostáveis são projetadas mar adentro, em que atuam forças por vezes enormes e onde a área retroportuária é pequena.
As necessidades têm aumentado e Imbituba já vem apresentando dificuldades crescentes para dar respostas compatíveis com as novas exigências dos mercados, da modernização dos transportes, do “tempo morto” entre cargas e descargas. (*)Continuaremos na próxima semana, falando sobre as condições físicas do Porto de Itajaí...
PIT STOP
* O turismo político em Santa Catarina continua com os deslocamentos de seus atores pelo Estado todo, a procura de parceiros. No entanto, afirmam os cientistas políticos, que somente em janeiro de 2010 é que a grade final dos candidatos será mostrada aos eleitores.
* O poupador brasileiro está estupefato com a intenção do Governo Federal em mexer na poupança. Já pegou mal uma vez...por isso, o turismo comercial está em alerta.
* No turismo religioso, no Sul de Santa Catarina, algumas novidades: a cidade de Tubarão ficou sem bispo e Criciúma, depois de quase dois anos sem Dom Neuto de Conto, que foi para Monte Negro (RS), ganha outro bispo gaúcho, agora o Dom Jacinto, de Bom Princípio (RS).
Airson Soares da Rosa é consultor de Turismo, diretor nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (ABRAJET) e Membro Titular da Prensa Turística do Mercosur. DRT-SC.02360 JP E-mail airsonsoaresrosa@gmail.com Msn airsonsoaresrosa@hotmail.com
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