O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, entre todos os outros que já ocuparam a pasta, é o único que de fato possui voz ativa junto ao poder constituído para fazer valer a grande oportunidade do setor vir a contribuir com a retomada do desenvolvimento socioeconômico no Brasil.
O turismo em nosso País, alardeado como motivo de orgulho nacional (acima de 97% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil desejam retornar, segundo os dados apurados pela FIPE/USP em 2014 e pela Embratur há vários anos, desde o início da década de 90), já foi exaltado como um setor da economia capaz de exercer impacto direto e indireto em favor de outros 52 setores econômicos e por ocupar posição de liderança mundial na geração de empregos.
Com a ampliação da base de consumo no mercado doméstico, o turismo passou a demonstrar com mais destaque a sua enorme capilaridade social, ao atender crescente procura por viagens de lazer, negócios e intercâmbio como uma das principais aspirações de consumo dos brasileiros. Do mesmo modo, o turismo passou a operar e a fazer prosperar destinos receptivos nacionais cada vez mais competitivos. Agora, o cenário cambial favorece a atratividade do Brasil junto a mercados externos, nos quais as moedas estão altamente valorizadas em relação ao real.
Estamos, portanto, diante da conjunção de três fatores que são altamente favoráveis para focarmos no desenvolvimento do turismo nacional: vontade, oportunidade e apoio do poder público. Nas palavras do atual ocupante da pasta, o turismo pode alavancar a economia do País.
O fato em si pode ganhar merecida repercussão junto à opinião pública, por meio de informações de qualidade jornalística, tendo como gancho a realização dos jogos olímpicos no Rio, em 2016, ainda que o megaevento esteja posicionado no campo eleitoral como uma conquista paternalista e venha a ser considerado como mais uma pauta polêmica, entre situação e oposição.
Contudo, ainda assim, a polarização política envolvendo a realização do maior evento esportivo do planeta não deverá ter a mesma força inibidora que só faz retardar outras decisões que postergam o término da amarga crise vivenciada pela maioria absoluta dos cidadãos em nosso País. Isso porque, somos nós, os brasileiros, o fator que mais satisfação gera aos turistas estrangeiros que nos visitam.
Com o possível engajamento da torcida nacional, já em boa parte instrumentalizada pelas chamadas redes sociais de custos acessíveis, aliamos à mundialmente reconhecida competência criativa da nossa gente, o poder de inovar e fazer ecoar ou “viralizar” mensagens de um cantar uníssono; sobre as belezas naturais e culturais de nossas inúmeras aldeias. “Aproveitem as Olimpíadas para saborear o espírito de confraternização, alegria e empreendedorismo dos brasileiros. Visite a minha cidade ou o meu bairro, onde oferecemos a você, torcedor olímpico, a garantia da nossa acolhida”, constituiu só um singelo um exemplo de post.
Há menos de 240 dias para a abertura dos jogos olímpicos, desde já, está ao nosso alcance produzir, comentar e compartilhar informações que ampliem a visibilidade dos nossos diferenciais de elevado potencial turístico e resultem em mais receitas e investimentos à nossa tão necessitada economia.
Está ao alcance de cada um de nós, portanto, reverter estas mazelas políticas que nos afligem. Está ao alcance de todos os cidadãos que amam este Brasil impulsionar os esforços empreendidos, com profissionalismo, pelas agências de viagens organizadas e capacitadas de entidades como a ABAV, presente em todos os estados e no Distrito Federal, assim como por outras entidades congêneres.
Luiz Henrique Miranda
Agência AMIgo!
lhmiranda@pressclub.com.br
www.agenciaamigo.com.br
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